domingo, 12 de outubro de 2008

Solidão

A solidão é a pior doença que pode existir. Ela mina o corpo e a alma lentamente. Faz com que você desanime, desista, retraia-se, até não suportar mais. É como se fosse um câncer voraz, que atua em silêncio e que ao ser descoberto já provocou a metástase na alma. Não gosto, não quero ser só. Não sei o que te fiz de errado. Acho que as pessoas se metem demais na minha vida. Acreditam assim estarem me ajudando, quando na realidade estão alimentando minha doença. Não sei o que te disseram, mas imagino. Pois faz tempo que teu silêncio me machuca.
Tua saída de cena não é explicável. Sei lá. Sei que posso ter tudo, fazer o que gosto e mesmo assim falta você. A felicidade não é você. Mas compartilhar minha vida me faz feliz. Em um tempo em que o individualismo reina não consigo viver só (apesar de minha crença saber que o espírito se desenvolve sozinho, progride sem companhia). Sinto falta da gente. Sair daqui não é solução, mas talvez aplaque, um pouco, a dor que estou sentindo. Sei que você não pode me curar, mas ter você novamente me faz renascer. Não posso determinar que seu coração se apaixone por mim. Gostaria que fosse fácil assim. Mas pelo menos tentei. E lhe pedi isso também. Sei que tentou, só não sei se por tempo suficiente. Nós dois sofremos pela solidão. Por isso imaginei que juntos pudéssemos ser felizes. Ledo engano.
Já rezei e pedi, trocaria tudo pelo meu maior sonho. Você sabe qual é. De que adianta ter ou ser algo, se não se está feliz? Alguém importante me disse que se fizer por mim despertarei interesse das pessoas. Pode ser verdade. Mas não quero reconhecimento nem admiração. Quero amor, simples, ignorante. Apesar de saber que ele não se bastará por si só. Mas talvez seja isso o início da cura.

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