sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fui ao cinema





Hoje é feriado. Portanto acordei às 10h. Já tinha me programado. Hoje era dia de supermercado. Horas e horas desfrutando das gôndolas, analisando preços, se o sabão em pó estava em promoção. Estava preparado psicologicamente para tal. Até ia curtir o som ambiente da rádio do mercado, tocando Kenny G ou Sade, ou ainda, um Frank Sinatra. Sabe como é. Propaganda subliminar. Música tranquila. Cara tranquilo. O som meloso das rodinhas do carrinho sendo empurrado pelas avenidas do consumo. Tudo para deixar você desestressado. Como disse, hoje era dia de supermercado. Era. Dia do trabalho. Sem trabalho. Tudo fechado. Vá lá. Deixa o pessoal do super descansar. Não têm feriadão mesmo.

Bom. Tinha que almoçar. Isso eram umas 17h. Resolvi tomar um cappuccino na praça de alimentação. Para acompanhar, quiche de espinafre e torta de maçã, ou Apple pie como dizem os americanos. Horas atrás havia visto a propaganda, em um site, do novo filme da série X-Men. Wolverine, a origem. Nome pomposo. O trailer que se abriu para mim na rede mundial me entusiasmou. Comentei com minha namorada sobre o novo filme. Conversávamos pelo MSN. Mas disse da minha apatia por ir ao cinema sozinho. Não gosto. Escurinho do cinema foi feito para casal, programa família. Sabe como é. Como diz a Rita Lee: “no escurinho do cinema, chupando dropes de anis...longe de qualquer problema, perto de um final feliz...que FLAGRA , que FLAGRA...” e por aí vai.

Para a minha não tão grande surpresa, qual o filme? Wolverine. Estréia. Nossa, eu, euzinho mesmo, indo a uma estréia. Vejam só. Que privilégio. Para poucos diria. Sessão das 19h. Eram 17h30. Mas que coisa. Fiquei fazendo hora. Estava a fim de ver o filme mesmo. E o que é pior. Ia enfrentar a sessão, sozinho. Aliás, sugestão da minha guria. Ela adora ir ao cinema, sozinha. Bom, tem louco pra tudo mesmo. Quando ela estiver lendo esse texto, provavelmente irá me estrangular. Então leitor, se eu não mais escrever e você achar o meu obituário na Zero Hora ou no Correio do Povo, já sabe. Crime passional. Ela queria ver o filme comigo. Bom, no momento, digamos, que há uma grande distância entre nós. Mais ou menos 1600 km. Decidi. Mas que coisa. Sou um ser social. O que é que tem demais ir ao cinema sozinho, afinal de contas?

Esperto como sou, fui ao meu carro pegar minha carteira-de-estudante-de-jornalismo-da-FAMECOS-da-PUCRS. Já que vou ao cinema, vou fazer valer meus direitos. Pago meia. Cheguei para comprar meu ingresso. Valor? R$10,00...para mim..adivinha? R$ 4,50? Nada. R$ 9,00. Ué, mas não é meia entrada? A vendedora me explicou que isso vale para segundas, terças, quintas e sextas. Quarta, já é mais barato. Sábados, domingos e feriados, baita desconto. Um real. Bom já estava pensando em desistir. Se eu trabalho toda a semana, vou à faculdade toda a semana, à noite, quando é que vou pagar meia entrada? Mas vá lá. Isso não conseguiu demover a minha idéia de assistir, sozinho, vejam só que desafio, ao Wolverine.

Adoro gibis de herois. Lia todos. Gostava do X-MEN, homem de ferro, surfista prateado, homem-aranha. Sempre li muita história em quadrinhos. Lia a turma da Disney também. Adorava as histórias do Mickey detetive e seu fiel escudeiro Pateta. Quase um Sherlock e seu Dr. Watson, guardada as devidas proporções, é claro. Bom, voltando ao assunto, filme da MARVEL, super-herois. Ta aí um tipo de filme que vai ser legal em assistir. Comprei o ingresso. Passei de olhos fechados pela pipocaria e pelo refrigerante gigantesco. Fosse com minha companhia, teríamos que ter feito esse pit-stop gastronômico. Ela diria: cinema lembra pipoca que lembra refrigerante gigantesco. E dê-lhe calorias extras.

De repente algo aconteceu. Lembrei.



Do que eu lembrei? O que aconteceu? Não percam. Amanhã eu continuo....

Um comentário:

BrunaBarievillo disse...

vai tomar no teu cu, Luciano! jornalista q se preze naum escreve novela, porra!bj.Soh d marra, naum vo ler!