sábado, 30 de maio de 2009

Debilidades








Essa semana eu estava gripado. Fazia muito tempo que uma cepa do vírus influenza não habitava esse corpinho. Bem, dessa vez, não tive escapatória. Sabe como é cara gripado. Fica im-pres-tá-vel. Pelo menos eu fico. Debilitado, seria a palavra correta. Física e mentalmente. Tão debilitado, que até os neurônios espirram. Debilitado, vem de débil, que quer dizer deficiente, precário, fraco ou o que quer que seja.

Quando pego uma gripe além do corpo, minha cabeça fica debilitada. E aí já viu né? Ainda bem que no meu serviço não aconteceu nada de mal. Mas, e sempre há um mas em crônicas, algo tinha que acontecer. Não sei se comentei aqui antes, mas eu estava indo de BUS (leia-se ônibus) para o trabalho e voltando a pé. Exercício. Sabe como é? Depois de certa idade na vida do cidadão o exercício físico vira obrigação (não prazer, porém, dever).

Então, naquela semana eu estava muito mal. Já havia gasto um rolo de papel higiênico. Meu nariz estava todo assado. Quase que desidrato com tanta coriza. Resolvi voltar do trabalho de ônibus. Lembro que perguntei para umas três pessoas, incluindo os vigilantes do meu local de labor, qual ônibus deveria pegar para voltar para casa, mas principalmente, qual não deveria. Aí já viu né, naquele pavor de pegar o ônibus errado, memorizei (lembrem-se, neurônios gripados, com febre e dores nos axiomas), com toda a certeza do âmago do meu ser, a linha que não deveria pegar. Adivinha?

Exatamente. Peguei o desgraçado do ônibus. Quando vi já era tarde. Para não ficar feio, desci umas duas paradas depois. Aí vem o outro problema. Como moro razoavelmente perto do meu trabalho (uns dois quilômetros), e desci no meio do caminho, me meti numa sinuca de bico. Mico demais pegar outro ônibus e descer logo depois. Metade do caminho por percorrer. O que fiz?

Meus sapatos lhe contam. Isso depois de secarem da coriza que ia escorrendo nariz abaixo.

O ministério da saúde adverte: gripe deixa você mais débil mental que o habitual e provoca situações vexatórias, tal como pegar ônibus errado, mesmo sabendo.

Vai dizer que isso nunca aconteceu com você?

 

 

Um comentário:

Francisco disse...

Não conheço ninguém que seja resistente à gripe.
Eu, pelo menos, fico pior que cachorro atropelado.
Onibus errado, e bem de saúde...ainda vai. Agora, gripado...é de matar, cara!
Quem mandou a gente morar no RS, não é? Rsrsrsrsrs
Um abração!