quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pote de geleia










Há alguns dias completei mais um ano de existência terrena. 34 agora, se não me falha a memória. Ao chegar nessa tenra idade me deparo com alguns questionamentos a respeito da vida, das relações e de como vamos levando essas coisas através dos tempos.

Fossem alguns anos antes, me preocuparia com a chegada da idade, a indecisão profissional, os filhos que ainda não tive. A casa própria que ainda não é própria. Esses meandros que tornam a vida contemporânea essa merda que a gente vê por aí.

Foi então que aconteceu. Todas essas minhas angústias foram por água abaixo quando me deparei com o pote de geléia aí de cima. Isso mesmo, fiz questão de fotografá-lo pra mostrar, para você leitor, que nossos problemas só existem porque nós deixamos que eles apareçam.

Se você reparar bem nesse vidro aí, verá que as bordas superiores são em forma de quinas. Notou? Pois bem. Dentro dessa maravilha de design e engenharia moderna havia uma suculenta e deliciosa, mas não menos calórica, geléia de uva. Divina.

Eu fui comendo, comendo, comendo, até que cheguei na geléia das bordas. Imaginou? Olha, devo ter ficado umas duas horas para conseguir tirar com uma faca a geléia que teimava em decorar os cantos do pote de vidro. Agora me diz quem é a criatura que desenhou esse vidro de geléia? No mínimo nunca comeu tal iguaria.

Depois disso, do episódio em questão, resolvi simplificar. Deixo a vida me levar. Vida leva eu, como diz a canção. Sem preocupações. Com metas e objetivos traçados. Mas se no meio do caminho tiver que jogar o pote de geléia com as quinas coloridas no lixo, tudo bem. São problemas menores, que a gente descarta, não transforma em dores de cabeça. É só abrir a tampa do lixo e jogar o vidro todo pra dentro.




Um comentário:

Alexsander disse...

a vida simples como deve ser ...
no mais beleza carinha ? saudações ao velho e bom amigo. flws


Alexsander